| HOMENAGEM |

Cavaleiro da cruzada do Reinado Social de Cristo Rei

“Defensor das reivindicações católicas e representante da mocidade brasileira, na Constituinte Nacional.
Em Plinio Corrêa de Oliveira se aliam a mocidade da pureza, a mocidade da fé, a mocidade do idealismo com a pureza, a fé e o ideal do Catolicismo. O que ele representará sobretudo é a mocidade eterna”
.
Discurso pronunciado por José Pedro Galvão de Souza, na cerimônia de despedida de Plinio Corrêa de Oliveira da Congregação Mariana de Santa Cecília, em São Paulo, para ir ocupar sua cadeira na Assembleia Nacional Constituinte instalada no Rio de Janeiro em 15 de novembro de 1933. José Pedro Galvão de Sousa (1912–1992) foi um filósofo, jurista, cientista político e professor universitário brasileiro. Fundou a Faculdade Paulista de Direito, tendo sido seu vice-diretor, a qual, mais tarde, incorporou-se à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), da qual foi vice-reitor.

L.J.C.

REVMOS. SENHORES.

EXMAS. SENHORAS.

MEUS SENHORES.

Vai partir o Cavaleiro do bom combate. Irá transpor cordilheiras de sacrifícios, percorrerá os atalhos íngremes das situações difíceis, enfrentará o deserto árido das saudades, sem contar as batalhas árduas que terá de travar.

Feito Cavaleiro da Cruzada do reinado social de Cristo Rei, Nosso Senhor, levando ao peito a cruz branca de Maria, escudado na confiança inabalável da fé, amparado pela força da Eucaristia — o Cavaleiro do bom combate vai vencer.

Nós somos os seus irmãos. Nós pertencemos a esta mesma família espiritual que ele vai deixar por alguns instantes. Permiti que lhe digamos o nosso adeus.

PLINIO,

Nunca supus que viesse a ser o porta-voz dos sentimentos dos Congregados Marianos deste sodalício, à vossa partida.

Não vos quis saudar, a princípio.

Relutei, temeroso, ao ser designado para vos trazer as despedidas e a palavra de homenagem dos vossos irmãos, dos meus irmãos em Nossa Senhora. Pela intimidade de nossas relações, pela amizade que nos une, por nunca ter escondido por vós a mais incondicional das admirações.

Mas, pensando bem, decidi-me a vos dirigir estas despretensiosas palavras, incapazes por certo de traduzir o que nos vai n’alma. Precisamente pela nossa amizade, por ter sempre encontrado em vós um conselheiro, um mestre, um guia, resolvi-me, enfim, a vos dizer o quanto todos nós vos queremos, o quanto todos vos devemos.

Não exagero. Pois tenho plena convicção de que o maior dos ensinamentos que me tendes ministrado com vossas palavras e vossos atos, a todos nós, é dado auferir — é o vosso exemplo.

O modelo vivo de verdadeiro católico que sois, vós o deveis ao vosso espírito de fidelidade à Igreja.

Este é o grande exemplo que nos deixais ao partir. Se ides agora desempenhar-vos da ingente missão de deputado à Assembleia Nacional Constituinte, não é senão para servir a Causa dessa Igreja a que tendes dedicado o melhor de vossos esforços e à qual consagrastes toda a vossa individualidade.

Começastes por vos entregar à tarefa imprescindível de romper com a indiferença política dos católicos.

O caráter de nossa gente se abastardava ao contato pernicioso com os políticos de nossa terra. E uma aversão explicável, embora não justificável, afastava das atividades políticas os homens de bem que não quisessem nela perder o tempo ou a honra.

Compreendestes a necessidade urgente, imperiosa, Página seguinte