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Elegância na coroa real, sublimidade na coroa imperial

Por Plinio Corrêa de Oliveira Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 26 de março de 1939. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

No museu do Louvre, em Paris, está exposta uma coroa que foi do Rei Luís XV [foto à dir.]. Tem toda a elegância de formas das coisas tipicamente francesas. Gosto da elegância das formas porque ela é o primeiro estágio no caminho da sublimidade.

Aquela coroa é completamente recamada de brilhantes, de maneira que, exceto no aro que cinge a fronte do rei, nela não se vê senão brilhantes. Uma joia magnífica!

Entretanto, nenhuma outra coroa no mundo determinou em meu espírito a impressão que produziu uma coroa mandada fazer na Boêmia por um imperador do Sacro-Império, da Casa d’Áustria [foto abaixo]. Rodolfo II mandou fazê-la com seu próprio dinheiro. Não pertencendo, portanto, ao Estado, mas ao imperador romano germânico. Depois, passou a ser a coroa dos imperadores austríacos.

É uma coroa de tal maneira sublime e magnífica que, de todas as coroas do mundo, aquela é, de longe, a que mais arrebata o meu espírito.

Quando eu soube que numa exposição em Sevilha, no pavilhão da Áustria, havia uma estampa magnífica dessa coroa, pedi que me conseguissem uma fotografia. Guardei-a dentro de uma espécie de oratório que há no meu escritório, para poder vê-la de vez em quando.

Esse meu entusiasmo vem do quê? — Da especial e peculiar sublimidade que aquela coroa tem.