querida Terra de Santa Cruz? Deixo a resposta com São João Crisóstomo: “O insensato que lança uma pedra contra o céu não pode atingir os astros, mas expõe-se ao perigo de a ver cair sobre si; assim o blasfemo não atinge o objeto celeste que ataca, mas atrai sobre si a vingança divina. O blasfemo afia ele mesmo a espada que o há de ferir.”
Pelo contrário, se tal show de zombarias, imoralidades e blasfêmias tivesse sido cancelado — já não digo por amor a Deus, mas ao menos em memória dos incontáveis de nossos irmãos que morriam e sofriam nas cidades gaúchas —, isso não atrairia as bênçãos e graças divinas sobre o nosso País e todos os brasileiros? Ademais, os milhões de dólares que a pornocantora recebeu dos cofres públicos (retirados dos bolsos dos brasileiros), poderiam ser destinados a socorrer mais famílias flageladas.
Aos promotores do espetáculo de aberrações, imoralidades e blasfêmias aplicam-se bem as palavras de indignação do Apóstolo São Paulo ao invectivar: “Não vos enganeis; de Deus não se zomba” (Epístola aos Gálatas, 6, 7). Não se zomba impunemente... pois, como preceitua o divino Decálogo: “Não tomarás o nome de Deus em vão”. Mandamento que não concerne apenas ao seu nome e ao supremo respeito que devemos a Ele, mas a tudo que há de sagrado relacionado ao nosso Redentor. “Quando se ama a Deus, Nosso Senhor, de todo o coração e se vê o seu santo nome profanado da maneira mais revoltante, é impossível suportar isto sem indignação” (São Bernardo de Claraval).
Será que os assistentes daquela fuzarca orgíaca em Copacabana a teriam ovacionado se soubessem das afrontas a Deus e da quebra dos valores visados e escarnecidos pelos organizadores? E se soubessem do que estava encoberto por eles, como os aspectos indecentes e satânicos? — Certamente, uma parte muito maior do público teria se indignado e rejeitado o show bizarro e ultrajante à Religião e à honra dos brasileiros.
Rezemos a Deus — por intermédio de Maria Santíssima, Medianeira universal de todas as graças —, pelo arrependimento e emenda de vida dos infelizes pecadores, pois, como afirmou Santa Jacinta de Fátima, “Se os homens não se emendarem, Nossa Senhora enviará ao mundo um castigo como não se viu igual.”
E supliquemos a Ela, sob a invocação de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, que faça crescer entre nós a indignação e rejeição a tudo aquilo que é contrário aos Mandamentos de Deus, para que possamos realizar plenamente a nossa grande vocação de Terra da Santa Cruz, tão bem representada pela imagem de nosso Divino Redentor com os braços abertos no alto do Corcovado.
Meus muito caros brasileiros e, de modo particular, meus muito caros gaúchos,
Com a maior consternação, acompanho os efeitos das fortes chuvas que, uma vez mais, atingiram o Rio Grande do Sul, deixando numerosos mortos, desaparecidos e desabrigados, além de um considerável prejuízo material.
Reconheço a atuação das autoridades constituídas - nos níveis municipal, estadual e federal - no sentido de unirem seus esforços e fazer tudo o que estiver ao seu alcance não apenas para mitigar os efeitos dessa tragédia, mas também evitar que ela torne a se repetir. E, como não mais poderia ser, louvo o trabalho incansável dos profissionais e beneméritos particulares que, face à tragédia, provam que os brasileiros são um povo verdadeiramente cristão e voluntarioso.
Em meu próprio nome e no da Família Imperial, reafirmo nosso desejo sincero e disposição para servir ao Brasil em qualquer campo e a qualquer momento que o conjunto da Nação assim decidir.
Por ora, não contando com outros recursos, oferecemos nossas orações e solidariedade, rogando a Deus Nosso Senhor, por intermédio de São Pedro Apóstolo, Padroeiro do Rio Grande do Sul, que proteja e dê alento à boa gente gaúcha nesta hora de grave dificuldade.