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QUINTESSÊNCIA DA VIRTUDE DA PUREZA

Plinio Corrêa de Oliveira Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 20 de junho de 1967. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

São Luís de Gonzaga (1568-1591) é símbolo da pureza, um mártir do amor de Deus, cultivado no segredo de seu coração, pois poucas pessoas percebiam o que nele havia de extraordinário.

Ele teve como diretor espiritual o grande São Roberto Belarmino, um santo, Doutor da Igreja, diretor de outro santo. Ambos brilham no Céu.

A santa carmelita Maria Madalena de Pazzi (1566-1607) disse que a super-glória de São Luís de Gonzaga consistia em continuamente praticar atos de amor a Deus, que eram como setas que atingiam o Divino Coração.

Ele sofreu um verdadeiro martírio de amor, porque sofria o tormento por não amar a Deus tanto como Deus merece ser amado, bem como por ver que os homens não amam a Deus como merece ser amado.

Em São Luís vemos uma alma cheia de sabedoria, como que vista por dentro. É o que há no interior de uma alma cheia de sabedoria. Afastou de si todas as impressões intemperantes e impuras que poderiam apartá-lo de sua elevação. A sua alma voou muito além dos horizontes da mera pureza.

Está na Sagrada Escritura: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!” (Mt 5,8). Ver a Deus, já nessa Terra, é ser como São Luís. E isso é próprio dos puros que tomam a sério a pureza, que lutam para mantê-la e limpam os seus pecados. Assim, ficam sem mácula, se alguma vez tiveram mácula em suas vidas, e têm a alma com a elevação necessária para ver a Deus.

Compreende-se a grandeza de São Luís, no Céu. Grandeza que adquiriu por ter uma alma como um sacrário, como uma catedral gótica, como um castelo. Temos o grande santo, a quintessência da virtude da pureza.