te incapacitado”, oito anos depois da batalha Traynor foi designado para internação em um hospital para incuráveis. Ele, entretanto, ignorando os apelos da esposa, dos médicos e sacerdotes, insistiu em participar da peregrinação de sua paróquia a Lourdes, de 22 a 27 de julho de 1923.
Nos três primeiros dias da viagem, Traynor esteve gravemente doente. Já em Lourdes, enfrentando a resistência de seus cuidadores, conforme ele afirma em seu depoimento, “conseguiu ser banhado nove vezes na água da piscina da gruta”.
No segundo dia em Lourdes, o militar sofreu um severo ataque epilético enquanto era levado à piscina. Diz ele: “Sangue escorria da minha boca, e os médicos ficaram muito alarmados”. Mas quando tentavam levá-lo de volta ao seu alojamento, Traynor se recusou, puxando os freios da cadeira de rodas com sua mão sadia. Então, afirma ele em seu depoimento, “eles me levaram para o banho e me banharam da maneira usual. Nunca mais tive um ataque epilético depois disso”.
Quando estava na piscina no dia seguinte, sentiu que sua perna direita, até então paralisada, tornou-se “violentamente agitada”, e ele sentiu como se tivesse recuperado o uso dela. Como deveria retornar para a procissão eucarística, os seus cuidadores, que acreditavam que ele estava tendo outro ataque epilético, levaram-no às pressas para a igreja do Rosário.
Lá, quando o Arcebispo de Reims passou por ele com o Santíssimo Sacramento, também seu braço direito foi “violentamente agitado”. Então ele rompeu suas bandagens e fez o Sinal da Cruz, pela primeira vez em oito anos.
Sentindo-se curado, na manhã seguinte Traynor pulou da cama e correu para a gruta. Diante da imagem da Virgem, ele disse: “Minha mãe sempre me ensinou quando alguém pede um favor a Nossa Senhora ou deseja mostrar a Ela alguma veneração especial, deve fazer um sacrifício”. Então, continua,“eu não tinha dinheiro para oferecer, pois havia gastado meus últimos shillings em rosários e medalhas para minha esposa e meus filhos. Mas, ajoelhado diante da Mãe Santíssima, fiz o único sacrifício que pude pensar: resolvi parar de fumar”.
Conclui Madalaine Elhabbal, no artigo em que nos baseamos:
“Na manhã de 27 de julho, Traynor foi examinado por três médicos, os quais descobriram que ele havia recuperado sua capacidade de andar perfeitamente, assim como o uso e a função completos de seu braço e perna direita. As feridas em seu corpo haviam cicatrizado completamente e seus ataques epiléticos cessaram. Uma abertura em seu crânio, criada durante uma de suas cirurgias, também havia diminuído consideravelmente.
“Um dos relatórios oficiais emitidos pelo Bureau Médico de Lourdes em 2 de outubro de 1926 — mais tarde descoberto por Moriarty — afirma que a ‘cura extraordinária de Traynor está absolutamente além e acima dos poderes da natureza’.”*
Traynor teve três filhos após sua cura; deu a uma das filhas o nome de Bernadette. Acredita-se que John Traynor seja o primeiro católico britânico a ser curado em Lourdes, de acordo com o site do santuário.
Diante do generalizado desinteresse pelos aspectos espirituais do Santo Natal, que vem se patenteando de forma crescente a cada ano, os correspondentes e simpatizantes do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e da Associação dos Fundadores agrupados em torno da campanha da Liga do Santo Rosário, se articularam para desagravar Nosso Senhor Jesus Cristo, o Menino Jesus, e restaurar o abençoado ambiente natalino de outrora.
A Campanha Rei dos Reis atingiu 31 cidades de nove Estados. Repercutiu também em quatro outros países. A iniciativa abordou várias frentes.
Em 12 locais de 10 cidades foram colocados outdoors com os dizeres: “Natal. Lembre-se: Ele é o aniversariante”.
Em cerca de 130 locais foram colocados banners menores, bem como adesivos para veículos em 200 automóveis.
Os participantes da Liga do Santo Rosário também organizaram em várias cidades, mensagens sonoras de Natal através de veículos com alto-falantes, além de patrocinarem a difusão de pequenos filmes para televisões regionais e celulares.
A cidade pioneira que teve o mérito de expor nas vias públicas o Menino Jesus em outdoor foi Água Boa (MT), dando início a uma difusão que recebeu a adesão de associações coirmãs da Holanda e Polônia, e também do nosso correspondente em Madrid.
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