— Os bispos da Bielorrússia publicamente rejeitaram o documento. (16)
— O prelado de Moyobamba, no Peru, declarou: “Abençoar casais em situação irregular e casais do mesmo sexo é um abuso grave do Santíssimo Nome de Deus, que é invocado sobre uma união objetivamente pecaminosa de fornicação, adultério ou, ainda pior, atividade homossexual”. (17)
— D. Héctor Aguer, arcebispo emérito de La Plata (Argentina): Fiducia Supplicans não deve ser obedecida: “É perfeitamente correto negar a bênção a casais homossexuais e àqueles em situação irregular”. (18)
— Sacerdotes espanhóis lançaram campanha pedindo a revogação da declaração. (19)
Em meio à polêmica, descobriu-se que o próprio signatário da inaceitável declaração havia escrito livros de conteúdo obsceno, como a obra A Paixão Mística. Segundo conhecida jornalista católica, “a perversidade fica mais evidente nos capítulos 7 a 9, os três últimos capítulos do livro, onde Víctor Manuel Fernández faz uma longa apresentação do prazer feminino e masculino, não sem ambiguidade, pois parece querer sugerir que o homem, para se aproximar de Deus, precisa se tornar mais feminino em sua união com ele. Vamos nos abster de citar longamente os três últimos capítulos, que obviamente descambam para a pornografia, com seus termos técnicos e descrições de animais. Enquanto isso, ver o novo cardeal ditando a lei doutrinária na Igreja hoje é pior do que uma piada de mau gosto: é um escândalo”. (20)
O teólogo-moralista Pe. José Aberasturi comentou com razão: “Se ele não for removido, seu mentor assume todo o seu currículo”, acrescentando que, “continuar com esse desastre é continuar a ampliar o buraco negro pelo qual a Igreja está se autodestruindo”. (21)
Como católicos, sabemos que a Igreja é imortal, amparada pela promessa de nosso Divino Salvador: “as portas do inferno não prevalecerão sobre ela” (Mt 16, 18-20). As portas do inferno, portanto, tentarão prevalecer... e é o que empreenderam em 2024. Citemos alguns exemplos.
O teólogo e professor da PUC chilena, Jorge Costadoat, afirmou em entrevista para o órgão dos jesuítas no Rio Grande do Sul: “A própria instituição da confissão auricular é abusiva, pois expõe os católicos a uma experiência desumana”. Aonde chegamos? Até a confissão sacramental está sendo posta em xeque! (22)
Em setembro, o Papa Francisco desatou nova onda de perplexidade quando declarou a um grupo inter-religioso de jovens em Cingapura, durante sua recente viagem à Ásia: “Todas as religiões são caminhos para Deus. Vou usar uma analogia, elas são como diferentes idiomas que expressam o divino”.(23) Pouco depois, aos jovens reunidos em Tirana, Albânia, para os Encontros Mediterrâneos 2024, reafirmou: “A diversidade de nossas identidades culturais e religiosas é um presente de Deus”. (24)
Parêntese: Nosso Senhor não disse “eu sou um caminho, uma verdade e uma vida”... Mas sim “eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim” (Jo 14,6). Fecha parêntese...
Em 22 de outubro, algo trágico aconteceu com os católicos chineses que sofrem perseguições há décadas por sua fidelidade a Roma. O Vaticano renovou o acordo com o regime comunista, reconhecendo as nomeações episcopais feitas pelos agentes do estado totalitário chinês, abandonando o rebanho à mercê dos lobos. (25)
Em novembro, a visita papal à casa de Emma Bonino também gerou compreensível estranheza, pois a ativista italiana é “uma das figuras públicas mais incisivas na luta pela disseminação do aborto, eutanásia, divórcio, drogas gratuitas etc.”. (26)
No esforço de “inculturar” a liturgia, os bispos australianos aprovaram em maio o rito aborígine da Missa, repleto de elementos tribais, pagãos, estranhos à prática católica, e completamente dessacralizantes. (27)
Em novembro, o Vaticano aprovou o rito maia da Missa, “que envolve danças rituais e mulheres tomando o lugar do sacerdote no incensamento do altar”. (28)
Enquanto isso, segundo o site oficial da Arquidiocese de Manaus, está em fase final de elaboração “o rito amazônico, algo que foi se configurando a partir do desejo de uma Igreja com rosto amazônico”. (29)
Em outubro de 2023 e 2024 ocorreu no Vaticano o Sínodo sobre a Sinodalidade. Três meses antes da primeira sessão, o livro Processo Sinodal, uma Caixa de Pandora, editado pelo Instituto Plinio Corrêa de
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